quinta-feira, 29 de março de 2007
Nova fichagem

Temos umha nova fichagem pra o staff d@s contasonhos. Ela é elianinha que bem com gana de guerra é que promete sonhos mais próprios dum filme do Takeshi Kitano que qualquer outra descriçom que se vos poda ocorrer. Todos dizemos-lhe: OLÁ! e aguardamos as suas selvagens colaboraçons. Como petisco este sonho que contou no seu blog fai agora cousa de um ano.

pra chegar ao sonho de preme AQUÍ
 
postado por Anónimo ás 19:50 | Permalink | 5 visións
terça-feira, 27 de março de 2007
Sonho de moderno nº1 - Espera-me Morrisey!

O taxi era espacioso, mais do habitual. Na minha cidade os taxis tinham o tamanho normal de qualquer coche. Bom, se entravas no especial pra impedidos nom, aquilo parecia umha lançadeira espacial. Mas este era um taxi anormalmente grande. Tratava de ver a cara do condutor mentres olhava de esguelho a inmensa campinha verde que nos rodeava polos quatro pontos cardináis. A comida estava a piques de desandar seu caminho desde o meu estómago. O coche andava a saltos como se estivesse subido num touro mecánico. Aquel taxista filho da... Que demo fazia naquela frenética carreira campo a través? Eu tratava de falar-lhe mas ele parecia nom entender meu idioma. Botei a cabeça por fora da janela pra me fazer umha ideia do que caralho estava ocorrendo. Só olhava campos e mais campos e ao longe uns invernadouros de plástico branco. Semelhava ser aquel nosso destino, ou isso ou espetar-nos contra o infinito. Escuitava-se música ao longe, algo pseudo metaleiro. Foi entom quando comecei a recordar qué demo fazia alí. Estava caminho do Festival de Reading!! Comecei a berrar-lhe ao cab driver no meu aborto de inglês: Stop the car, motherfucker! era todo o que se me ocorria naquel instante. Missom impossível, o tipo nom atendia a raçons. As distorsons guitarreiras unidas à dor de cabeça que tinha depois de bater repetidas vezes contra o teito do carro, convertiam aquel instante numha broma macabra do destino. O ruido era insuportável no mesmo momento em que o taxi freou a porta abriu-se deixando-me cair no meio dum lameiro rodeado de porcos. No invernadoiro havia um enorme cenario e alí os Korn gritavam-lhe ao mundo palavras que eu quase nom entendia. Aquilo nom podia ser Reading, onde estava Morrisey? Miles de cochos moviam seus lacons num pogo irrefreável. Salpicavam na lama às camareiras loiras que repartiam cerveja gratis entre o estrume. Tratei de perguntar-lhe à primeira que se acercou a mim onde estava o tipo aquel que cantara nos Smiths. Ela sem olhar pra mim sinalou onde o taxi e mecánicamente tirou-me um caldeiro de cerveja na cara. Eu nom sabia se acordar-me da sua mae ou mata-la sem duvidá-lo. Já quase estava decidido pola segunda opçom quando a porta do taxi abriu-se e a inconfundível cabeça de Morrisey assomou sorrinte, chiscou-me um olho e desapareceu na traseira do veículo. O coche arrincou sem pausa botando barro nas cabeças dos porcos menos resistentes na dança frenética ao ritmo do Twisted Transistor. Eu tratava de abrir-me caminho na marabunta, era impossível. Meu corpo arrolava na lama e aquila cançom obssesiva resoava nos fucinhos da chacinaria: "Music do! Music do!" Aquele invernadouro estava ateigado de bestas e as únicas ervas que ali cresciam eram as que ardiam nos cigarros dos cochos. Foçando, foçando a noite tomou o ceu e o taxi ficou num loop de movimento infinito com a olhada fachendosa do Morrisey que, indo e vindo, sorria dum branco imaculado. "Music do! Music do!". Bem te podes rir. Outro ano mais sem ouvi-lo cantar. Nom volvo a pisar um festival de verão NUNCA MAIS!
 
postado por Anónimo ás 13:28 | Permalink | 4 visións
segunda-feira, 26 de março de 2007
Nom nos mires.... UNE-TE!

O outro dia em Redes o senhor Punset falava da importância de recordar os sonhos, nom desde o ponto de vista interpretativo ancorado nas teorias Freudianas. Descrevia os sonhos como um procesamento de dados que o nosso cerebro precisava pra poder assimilar as experiências acumuladas durante o tempo no que ficávamos despertos. Mas nom por isso perdia interesse o feito de fazer apontamentos sobre todo aquilo que pudéssemos recordar desses processos.

Este blog nasce desde essa ideia e nom queremos que seja só cousa de duas ou tres pessoas, estamos abertos à participaçom de tod@s no idioma que vós estimedes oportuno. Achamos que pode ser umha experiência linda e ao mesmo tempo um jeito de nom esquecer esses sonhos que só duram nas nossas mentes o que as luzes dos faros alumeando as costas da nossa memória.

Se estás interessad@ em participar, podes pôr-te em contacto com nós na ligaçom de aquí abaixo:

-PARTICIPA
 
postado por Anónimo ás 20:12 | Permalink | 4 visións
quinta-feira, 22 de março de 2007
Pesadelo nº1 - Morrer num sonho
foto:UNDERSCORE
alguns direitos reservados

Aquel dia amencera tarde, penso que eram as onze quando o sol entrara no meu quarto. Tinha o feo costume de levantar as persianas o mais tarde possível. O móvel quedara-se sem bateria enquanto sonhava com naves extraterrestres na praia de Doninhos. A bexiga, farta de aguardar por mim, começava a exigir umha soluçom para sua falta de espaço. Caminho ao banheiro tropecei co despertador que semelhava andar polo chão à procura da sua bateria alcalina. Pensei em agachar-me a recolher os desperfeitos da batalha nocturna mas, de novo, a minha pelve advertiu-me da ordem de prioridades á que me devia limitar. No espelho do quarto de banho olhei pra minha cara desencaixada e recordei o que tinha acontecido na noite anterior. A imagem do Enrique com seu aspecto de pau seco a se desculpar por ter-me roubado nos dous últimos anos uns 1200 euros do meu salário. Tratava de convencer-me de que a culpa era minha por nom lhe pedir aumentos como fazia o resto do pessoal. Eu só pensava em sair do seu negocio antes de sentir ganas de bater-lhe na cabeça com umha cadeira. Fechei os olhos e o som dos líquidos em colisom devolveu-me ao banheiro. Sempre gostei do branco inmaculado dos azulejos, mas só à altura da vista. Olhando pra onde a parede fai fronteira co chão preferia nom pensar em cabelos soltos e salpicaduras. Som dessa clase de gente que só está a gosto na taça da sua casa. Abrim a bilha e afoguei a cabeça no lavabo aguardando que a auga borrara as sujas pegadas que as circunstâncias imprimiram-me na alma. Forom cinco segundos cheos de intensidade mental.... recordei a primeira vez que subira ao cenario na Festa Fim de Curso do parvulario, o dia que ganhara o concurso de redacçom do Dia das Letras Galegas, a excursom a Portugal no ano antes de ir ao Instituto bebendo Lacrima Christi, meu primeiro contacto sexual num hotel de Mallorca, a minha primeira raia no assento traseiro dum Renault 14, o dia que falaram de mim no jornal da vila, o meu primeiro concerto em Valadares ensinando-lhes o cú aos douscentos ionques e borrachos que ficavam fronte ao palco, o amor que perdera, os amigos que marcharam, a minha última conversa existencial, o meu trabalho sujo com Enrique, as minhas mãos afogando sua gorja,.... meus olhos fitarom pra o desaugador coa sua tampa posta. Tentei mover a cabeça pra sair da auga mais foi impossível duas mãos rijas apretavam-me contra o fundo do lavabo... cinco segundos, umha vida. Sentim o líquido a entrar no meu corpo, nos meus pulmons. Quêm era o que me forçava a afogar, quem era aquela sombra que me saudava no blanco da minha existência, que me convidava a unir-me na sua santa companha. Tantas perguntas tinha golpejando na mente que afrouxei os meus músculos e deixei de sentir, deixei de sofrer. Agora som luz e vos sodes reflexos sem luminosidade aguardando a vossa quenda. Aguardando o The End das preocupaçons, o fim das perguntas. Recuperei o alento, abrim os olhos. A noite ainda governava esta parte do mundo, respirei profundamente e pensei em levantar-me a beber auga no banheiro. Um calafrio me recordou o meu pesadelo e decidim ficar quentinho baixo a protecçom das minhas sabas. So fora um pesadelo mas nom tinha gana de tentar à minha sorte. O ceu começava a tinguir-se de azuis ao longe. O pior já tinha passado.
 
postado por Anónimo ás 17:25 | Permalink | 2 visións
segunda-feira, 19 de março de 2007
Os soños, soños son

Este é o leito onde van repousar os soños inspirados por Morfeo e os seus secuaces. Oníricamente falando vai ser o futon dos vosos pesadelos e a almofada máis psicodélica que nunca xamais teredes ocasión de consultar. Todo o que se coce nas sinapses da masa encefálica mentres roncamos en fase REM e chupamos o dedo coma inocentes infantes, vai ser descuberto aquí. Prepárate a soñar.
 
postado por besbe ás 23:44 | Permalink | 4 visións